sábado, 30 de junho de 2007

2007, Odisseia na Ponte

No domingo passado fui um dos milhares que participaram no maior evento ciclista de que há memória. Para os mais distraídos, não foi a volta a Portugal, mas sim o Lisboa Bike Tour. Aquele evento que muitos me perguntaram repetidamente ao longo dos últimos meses "Mas ficas com a bicicleta??", pergunta que era respondida com "SIM".

7 da manhã: Já estou na Gare do Oriente. Abdiquei de uma noitada de S. João, para estar fresco para a grande epopeia que me esperava. E pelos vistos não fui o único
. Tirando os tempos longínquos da Expo, não tenho memória de tanta gente junta naquela zona da cidade... a um domingo.. áquela hora da manhã... Ultrapassada a fila para entrar nos autocarros, lá fomos nós, direito ao local que todos ansiavam.

A meio da ponte Vasco da Gama é a partida. Daí para trás, já se vê gente com fartura, e bicicletas encostadas à berma da ponte.. a perder de vista... Vamos fazer inversão de marcha à
margem sul e passados poucos minutos estamos no sítio. O autocarro abre as portas, e o pessoal sai a correr direito às bicicletas. A imagem que me ocorre com esta situação, é a abertura das portas de uma grande superfície, no início de uma época de saldos que apenas vai durar 10 a 20 minutos. Por azar, largaram-nos em frente a uma quantidade inimaginável de bicicletas verdes... Após alguns metros de procura, lá encontrei uma vermelhinha. Seguidamente iniciou-se um tempo de verificação da "máquina" que nos "calhou", e em alguns casos, a troca de peças com bicicletas ainda não reclamadas (verdes, na sua maioria).

10 da manhã: Supostamente foi dada a partida, mas o maralhal de gente é tanto que demoramos
mais de 20 minutos a começar a andar. E outros tantos minutos... e chego à Partida!!! Entratanto as bicicletas ainda não reclamadas vão perdendo peças, e posso observar algumas mesmo boas para irem para a sucata (sem rodas, selims, e outras partes).

Nas subidas, posso ver que muita gente nunca tinha visto uma bicicleta com mudanças, abrandam tudo e todos, e noutros casos, a passagem de mudanças provoca um "salto" da corrente.

Percorri todo o percurso até à gare do Oriente, e posteriormente dali até à zona da Bela Vista (a par
te mais complicada). Hoje já fui dar mais uma volta com ela.. e ainda está inteira!!

Agradeço desde
já aos companheiros desta epopeia, por terem aceitado passar uma manhã... diferente.

segunda-feira, 25 de junho de 2007

Ida ao barbeiro...

Agora que o calor parece estar a chegar, que tal um corte de cabelo?
Só têm de pôr uns phones e apreciarem. Se tiverem colunas.. a graça perde-se por completo...

Aqui vai o link: Barbeiro

Cumprimentos e boas audições. E os meus agradecimentos à Gata Assanhada que me facultou o link!!!

sexta-feira, 22 de junho de 2007

Em testes....

Após algum tempo de pesquisa e tentar perceber como isto funciona, lá consegui colocar video aqui no quintal do gato... Para comemorar, deixo-vos um trailer do quarto filme desta série de partir o côco a rir...

quinta-feira, 21 de junho de 2007

Mais um metro...

Bem sei, tenho estado em falta... mas com as temperaturas a subir e os decotes a descer, tenho andado com a inspiração voltada para outros ares.. Até que surge algo tão drástico, que tiro uns momentos para vos actualizar.

Então, cá pela terra, com o pó das obras do metro, isto está que nem um deserto... afinal o outro senhor até podia ter um milionésimo de razão.. mas isso não invalida que ele seja quem é... o herói do circo.

Bem, mas deixando as desgraças de lado, eis que hoje sou confrontado, no jornal da Região - Almada, com declarações no mínimo... bombásticas. Não sou só eu que desespero com as obras do Metro. Os comerciantes da cidade estão literalmente à rasca e por um fio para abrirem falência. E se a isto juntarmos uma declaração que a seguir vos vou dar, então é o descalabro.

Milhões investidos neste projecto, e afinal o Terminal de Cacilhas é para ser provisório durante 10 anos... Passo a explicar:
Daqui por 10 anos, o terminal dos barcos vai passar para a chamada Doca 13, antiga doca da Lisnave, que como todos sabem está desactivada há anos. Ou seja... o Metro vai para o Terminal actual, mas daqui por 10 anos, toca de partir tudo e fazer mais 1 quilómetro de linha até à Doca 13.

Eu que nem sou Engenheiro (tenho licenciatura mas nada de Engenharias) (no outro dia ligaram-me para casa a perguntar pelo Dr. João J... fiquei..."ok sou eu, pode ser"), e que nem estive na Independente (ISCTE foi a minha "casa"), mas para um projecto desta envergadura não seria mais rentável planear e conjugar tudo para ser feito no menor espaço de tempo??
Assim, nem a linha é feita JÁ até à doca 13 (senão as pessoas saíam do Metro no meio do nada), nem a transferência do terminal fluvial é feita JÁ para a doca 13 (senão as pessoas saíam do Barco no meio do nada). Fica-se assim, para uma obra nova, já com soluções de compromisso (também chamada a lei do desenrasca).

E nós a pagar tudo isto...

A seguir só falta fazerem uma estação de TGV na Ota... e depois chegarem à conclusão que o aeroporto afinal vai para Alcochete... bem, não posso falar muito... compraram Alfas Pendulares e só depois viram que aquilo não se podia inclinar nas curvas...

Saudações, arquinhos e balões, que Sábado é o São João!!!

Aviso à navegação

pessoal... bem sei que isto é muito comprido... mas vejam o que voltou.. lá mesmo no fundo da página.. de volta ao controle alfandegário!!

quarta-feira, 13 de junho de 2007

Sardinhadas...

Ontem foi dia de manjericos. Os santos populares têm este poder para por toda a gente na rua, pois no dia seguinte é feriado e muitos não trabalham.

Como não podia deixar de ser, fui espreitar alguns bairros típicos e ver o ambiente que se vivia por lá. Para não variar muito das festanças a que tenho assistido, lá se encontrava a dita febra e o belo do courato na grelha. Mas desta vez, a rainha foi mesmo a sardinha (mesmo que fosse a 2€ cada). E a diferença era que em qualquer esquina havia sempre umas brasas a fumegarem, e praticamente qualquer habitante da zona fazia negócio.

O trânsito, como seria de esperar, era caótico, com as ruelas de Alfama e Castelo (e mais para o fim da noite Bairro Alto), íngremes e estreitas, tinham de acomodar.. carros em andamento (alguns a deitarem um belo cheiro a embraiagem queimada), carros (mal) estacionados, grelhadores e pessoas.. muitas pessoas. Deambulei pela zona, sem destino certo (tal como 90% das pessoas que lá andavam), e sentia-se no ar o espírito da noite, ao som de Quim Barreiros ou de música electrónica, era só escolher. Ao mesmo tempo decorriam as marchas na avenida, mas quem ali se encontrava não parecia interessado nisso.

Até que.. ao virar de uma esquina congestionada, eis que encontro... o centro da festa. Qual monstro cujos tentáculos já havia calcorreado, ali naquela zona aparentemente com apenas um acesso, aglomeravam-se pessoas como se fosse hora de ponta no metro, mas com as portas sempre abertas, e com o comboio que teimava em não sair. A muito custo consegui sair daquele ajuntamento, e dirigi-me para outras paragens, um pouco menos congestionadas. Posteriormente ainda deu para ver o autocarro que transportava de volta os marchantes de Alfama (que se viriam a sagrar campeões da noite).

A minha conclusão disto tudo, é que os Santos haveriam de ser pelo menos uma vez por semana. Digo isto, não por ser feriado no dia seguinte, mas pela razão de pelo menos durante essa noite, as pessoas parecem esquecer-se das dificuldades que o país atravessa, e dar 2 euros por uma sardinha é tão natural como beber um copo de água. Mas pelo menos, por uma noite, aparentam ser felizes.

E por hoje é tudo... para a semana há mais Santos Populares, e desta vez cá pela margem sul.. acredito que será mais uma festarola...

domingo, 3 de junho de 2007

A outra dimensão...

Esta semana, venho aqui falar-vos do efeito que as novas tecnologias provocam nas pessoas. Cada vez mais, as pessoas tendem a isolar-se em frente a um computador, e a convivência passa muitas vezes por mensagens SMS e messenger.

Nas últimas semanas observei que, pelo menos em 2 jornais distintos (Expresso e Correio da Manhã) abordou-se um tema que para mim foi novidade. Existe um site denominado de Second Life, que permite aos utilizadores viverem num mundo à parte, feito de bits e bytes, em que tudo é permitido, e que tudo pode acontecer. Basicamente cria-se o avatar (nome pomposo para um boneco animado), e anda-se de um lado para o outro a comprar todo o tipo de coisas (incluindo orgãos genitais...) para efectuar um "tuning" ao boneco. Obviamente quem compra genitais, algum uso tem de lhe dar. Um novo nome para o jogo poderia ser "Sexo Drogas e Rock n' Roll"... porque tudo isto pode lá ser... simulado. Até aqui.. até poderia ter piada.. um jogo online, em que nos fazemos representar por um boneco, e nos permite interagir com outros jogadores.

Como se costuma dizer "a curiosidade matou o gato", dei um pulo ao site. Não passei muito além da página inicial.. o pedido do número de cartão de crédito fez-me pular a cerca e fugir direito a casa. Mais tarde pude ler que por dia, o jogo chega a movimentar cerca de meio milhão de dólares...

Quanto a mim, tenho melhores coisas onde gastar dinheiro. Dispenso este tipo de entretenimento. Até porque... aqui por este site, posso ser o gato... mas na vida real considero-me uma pessoa normal, embora por vezes também tenha as minhas aventuras (quem me conhece poderá fazer uma análise melhor) (ah, e os genitais já vinham de origem). ;-)


Boa semana!